domingo, 14 de setembro de 2008

Estudante na era digital

A reflexão a respeito da atuação do “estudante na era digital” é muito bem vinda e, porque não dizer, essencial no contexto em que estamos inseridos. Vivemos a era digital, na qual fazemos transações bancarias, estudamos, compramos, vendemos, trabalhamos, conhecemos pessoas e até nos apaixonamos utilizando o computador como ferramenta. Não podemos ignorar esse instrumento necessário e atualmente difundido no meio educacional. Neste contexto, o acesso às Tecnologias da Informação e Comunicação, sobretudo à Internet, é hoje necessário para o desenvolvimento da leitura e da escrita. Não se trata somente de mudar as ferramentas, como aconteceu no passado, ou trocar o teclado da máquina de escrever pelo do computador.




Trata-se de ter acesso a uma grande quantidade de informações e de oportunidades de comunicação, sem as quais fica difícil formar um estudante atuante. Como em qualquer outra aprendizagem, o leitor escritor do mundo digital necessita desenvolver competências para ler e escrever de forma significativa nessa nova forma de comunicação Adequação do ensino às novas tecnologias é uma necessidade e não um querer de alguns. O grande problema do ensino na era da informática é saber separar a utilização virtual formal do MSN e outros chats e sites de relacionamento que iguinoram a língua portuguesa diariamente. Fechar os olhos para esta realidade ou utilizá-la como única ferramenta possível certamente não é o melhor caminho, haja vista a necessidade de se dosar os excessos, ou melhor, o radicalismo extremo.


No caso da leitura, por exemplo, o hipertexto, que é uma característica fundamental da Internet, exige do leitor maior habilidade de antecipação do tema ou idéia principal a partir de elementos como título e subtítulo, de imagens e gráficos exige, também, maior facilidade de buscar informações complementares ao texto principal ou de estabelecer rápidas relações entre textos, navegando de um link a outro.


Ainda é necessário que o leitor do hipertexto desenvolva maior capacidade para avaliar criticamente as informações encontradas e para saber identificar fontes mais confiáveis entre as inúmeras que a ele se apresentam. Temos uma outra linguagem, cheia de símbolos, de abreviaturas, mais coloquial, própria para a comunicação livre, sem amarras, sem regras, muito ágil, potencializando a agilidade de pensamento e permitindo que a pessoas se solte, dê vazão às suas emoções, às suas fantasias.

E finalmente em se tratando da oralidade e da escrita nessa nova modalidade do ciberespaço, o professor na maioria das vezes percebe esse entrelaçamento virtual, oral e escrito - como mais uma dificuldade no que no que diz respeito a produção de textos pelos alunos, uma vez que a escola ainda não conseguiu resolver os seus principais problemas com relação à escrita de textos no espaço convencional do seu papel, vê-se aturdida pelo entrosamento das linguagens em seus vários contextos e pela dificuldade de estabelecer rígidos limites entre a escrita virtual e a escrita convencional uma vez que os alunos estão mergulhados entre as duas culturas e muitas vezes sentem-se mais à vontade na escrita digital visto que o “enquadre” de regras gramaticais naquele ambiente está em segundo plano uma vez que à prioridade é interatividade, ou seja, o feed back do interlocutor.
Especificamente, a internet nos chama a atenção para a quebra de paradigma tradicional que polarizam oralidade e escrita, para a dissolução das fronteiras entre leitura e escrita; para novas concepções de autoria, de escritor e de leitor navegando na rede, não estaremos apenas nos apropriando de um novo instrumental técnico revolucionário ou de novos códigos sonoro, visuais, gráfico-auditivos comunicativos para escrever e ler, mas sim, estaremos construindo um novo objeto conceitual mediado por novas interações lingüística, social e cultural.



Referências
Textos construídos na internet:oralidade e escrita? Encontrado em : http://www.fflch.usp.br/dlcv/lport/pdf/maluv015.pdf%20acessado%20em%2013/09/08 as 15:00hr
http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/alunos.html
http://www.ufrgs.br/fotografia/port/10_cursos/04_03.htm